Band usa sexo e violência em novela para quebrar "monopólio" da Globo
Um escravo é assassinado num episódio. Uma tentativa de estupro acontece no outro. Alguns capítulos depois, um casal protagoniza uma tórrida cena de sexo apoiado numa mesa. Se seguir a linha de seu vídeo de divulgação (em que quatro cenas de sexo couberam num clipe de 5 minutos), a novela "Paixões Proibidas", que a Band estréia no próximo dia 14, será a mais picante lançada em 2006.
A ambição do canal é grande, sobretudo para o horário em que a novela de época será exibida (às 22h, ou seja, para maiores de 16 anos). "Quanto mais opções melhor. A fase do monopólio está definitivamente superada no Brasil", afirma Marcelo Parada, vice-presidente da Band, referindo-se ao tradicional domínio da Rede Globo na teledramaturgia nacional.
Segundo ele, "Prova de Amor" (Record) foi um bom exemplo de como é possível incomodar a Globo. "Com a única diferença que não temos o dízimo, vivemos do nosso próprio recurso", ironiza, sobre a estreita ligação entre a Record e a Igreja Universal.
Estima-se que cada capítulo de "Paixões Proibidas" deva custar cerca de R$ 160 mil --estão previstos 160 capítulos. A novela é co-produzida pela emissora portuguesa RTP (Rádio e Televisão de Portugal), mas tanto a emissora pública lusa quanto a Band evitam dizer qual é a porcentagem de gastos de cada lado.
Aimar Labaki, autor de "Paixões Proibidas", que se inspira em textos do escritor português Camilo Castelo Branco (1825-1890), aposta na ousadia da Band. "Acredito que precisamos ampliar o espectro. Não temos que pensar apenas que estamos concorrendo, mas que queremos construir caminhos novos", diz Labaki.
Mesmo como esse discurso de enfrentamento nos bastidores, a novela vai se sustentar com artistas que tiveram seus melhores momentos na própria Globo. Felipe Camargo, por exemplo, é um dos protagonistas. "Tenho certeza que este é meu melhor papel em vinte anos. Só dá para comparar com [o personagem da minissérie] "Anos Dourados" (Globo)". Outros ex-globais estarão na novela, como Suzy Rêgo, Antônio Grassi e Miguel Thiré.
Estima-se que cada capítulo de "Paixões Proibidas" deva custar cerca de R$ 160 mil --estão previstos 160 capítulos. A novela é co-produzida pela emissora portuguesa RTP (Rádio e Televisão de Portugal), mas tanto a emissora pública lusa quanto a Band evitam dizer qual é a porcentagem de gastos de cada lado.
Aimar Labaki, autor de "Paixões Proibidas", que se inspira em textos do escritor português Camilo Castelo Branco (1825-1890), aposta na ousadia da Band. "Acredito que precisamos ampliar o espectro. Não temos que pensar apenas que estamos concorrendo, mas que queremos construir caminhos novos", diz Labaki.
Mesmo como esse discurso de enfrentamento nos bastidores, a novela vai se sustentar com artistas que tiveram seus melhores momentos na própria Globo. Felipe Camargo, por exemplo, é um dos protagonistas. "Tenho certeza que este é meu melhor papel em vinte anos. Só dá para comparar com [o personagem da minissérie] "Anos Dourados" (Globo)". Outros ex-globais estarão na novela, como Suzy Rêgo, Antônio Grassi e Miguel Thiré.
Além do elenco brasileiro, nove atores portugueses aparecem na história, que inclusive já teve cenas gravadas em Portugal. A novela deve estrear por lá no começo de janeiro, também às 22h.
A direção da telenovela luso-brasileira é de Ignácio Coqueiro, marido da atriz Cristiane Torloni, que esteve na coletiva de "Paixões Proibidas" no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira.
Torloni, uma das mais prestigiadas atrizes da Globo, engrossa o discurso de descentralização da produção teledramatúrgica no Brasil. "Além de melhorar a dramaturgia no país, abrindo concorrência, gera novas oportunidades para os profissionais da área."
Excessos
Miguel Thiré, ex-namorado de Tiazinha, será um dos protagonistas de "Paixões Proibidas". Thiré vai encarnar o "aventureiro" Simão, par romântico de Teresa (Anna Sophia Folch). "A gente quer incomodar o espectador. Quando tem cena de briga, precisa ter briga mesmo. Quando tem cena de amor, é amor mesmo", diz Thiré.
Para o autor Aimar Labaki, as cenas serão fortes, mas de bom gosto. "Toda vez que você ousa, agrada alguns e desagrada outros. Ainda assim, acho que não teremos problemas, pois estaremos no terreno do bom gosto".
Pelo menos três histórias de amor darão conta do título "Paixões Proibidas", que é ambientada em 1805. Elas envolvem triângulos amorosos, casais de famílias inimigas e até um padre que troca sopapos e tem um "affair".
De acordo com o vice-presidente da Band, Marcelo Parada, a dose de violência e sexo aparecerá apenas quando necessário. "Será uma novela pontuada com cenas picantes e de violência quando isso exigir."
A direção da telenovela luso-brasileira é de Ignácio Coqueiro, marido da atriz Cristiane Torloni, que esteve na coletiva de "Paixões Proibidas" no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira.
Torloni, uma das mais prestigiadas atrizes da Globo, engrossa o discurso de descentralização da produção teledramatúrgica no Brasil. "Além de melhorar a dramaturgia no país, abrindo concorrência, gera novas oportunidades para os profissionais da área."
Excessos
Miguel Thiré, ex-namorado de Tiazinha, será um dos protagonistas de "Paixões Proibidas". Thiré vai encarnar o "aventureiro" Simão, par romântico de Teresa (Anna Sophia Folch). "A gente quer incomodar o espectador. Quando tem cena de briga, precisa ter briga mesmo. Quando tem cena de amor, é amor mesmo", diz Thiré.
Para o autor Aimar Labaki, as cenas serão fortes, mas de bom gosto. "Toda vez que você ousa, agrada alguns e desagrada outros. Ainda assim, acho que não teremos problemas, pois estaremos no terreno do bom gosto".
Pelo menos três histórias de amor darão conta do título "Paixões Proibidas", que é ambientada em 1805. Elas envolvem triângulos amorosos, casais de famílias inimigas e até um padre que troca sopapos e tem um "affair".
De acordo com o vice-presidente da Band, Marcelo Parada, a dose de violência e sexo aparecerá apenas quando necessário. "Será uma novela pontuada com cenas picantes e de violência quando isso exigir."
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